sábado, 25 de fevereiro de 2012

Os Melhores filmes do mundo


Mais uma vez, essa é apenas uma forma de expressão baseado em meu próprio gosto, não significa a verdade absoluta. 



Como pode ver, se você andou lendo meus textos ultimamente, mudei a fonte. É como cortar o cabelo, muda um pouco mas continua a mesma coisa. Ontem pela noite, no banho, fiquei pensando em quais seriam os melhores filmes que vi na vida. Vieram tantos na cabeça. Tantos que tive que tica-los num bloquinho que ando escrevendo as letras e anotações do próximo disco do Oito Mãos. Enfim... Lá vamos nós para mais uma viagem sem noção, coisa que ninguém perguntou, sabe? 

Antes de mais nada, na minha lista tinha alguns filmes dos posts "Os Melhores Filmes de Porrada" e "Os Melhores filmes de Terror", então não vou falar sobre eles, já que já foi elaborado uma ceda rasgada em prol dessas películas. São eles: O Exorscista; Rock Balboa; O Grande Dragão Branco; Karatê Kid; Falcão - O campeão dos campeões. 


Ok, então...

Os Goonies - Não lembro o nome dos personagens, infelizmente. Mas não acho necessário dar um Google para isso, porque não vai fazer diferença. Era o gordinho (sempre tem um), o maluco (sempre tem), o forte irmão do esperto (sempre tem isso também e o esperto também tem), o japonês (que é fera em alguma coisa que ninguém mais é)e as mina (sim, no plural com singular, do jeito que os mano fala tá ligado?) - a gata e a estranha. Uma história qualquer daria certo, desde que haja a evolução carismática dos personagens, coisa que naquela época neguinho fazia mesmo. Um marco na minha geração (sou de 82). Um filme que dá vontade de chamar a galera e dar aquela volta no bairro caçando problemas por tudo quanto é lugar. 


Conta Comigo - A amizade é intrigante. Não se entende, não se sabe o que sente. Os mais românticos falam no amor... Sei lá. Atá acredito nisso, mas quando a criança é durona, é capaz de certas coisas duvidosas, coisas que só acontecem nos filmes... Ou não. Os quatro amigos, assim com nos Goonies, partem para uma aventura contada num clima nostálgico pelo protagonista. Um elenco de primeira. Frases de primeira. Trilha sonora de primeira. O cigarro longe dos pais, as regras estabelecias por eles próprios, os contos (o do gordão vomitando na galera é inesquecível) morte, vida e quem é melhor: Superman ou Supermouse?


O Poderoso Chefão - Pô... até hoje meu pai dá o dedo mindinho para mostrar a soberania na minha família. É claro que ele faz de sacanagem, mas a sacada é o significado da palavra respeito, este que, na trilogia de Mario Puzzo dirigida por Copolla e estrelada por Pacino, De Niro e Brando, é algo conquistado na base do mais frio e calculista meio possível. Matar, seguir um padrão de regras, debochar do "poder", é coisa de gente fria. Aquele olhar sereno de Michael, aquela soberania de Vito, o ódio esplêndido de Sony, o raciocínio de Tom... Uma família aparentemente no controle. Um crime aparentemente organizado. Um poder que pula de gangorra, no qual o Estado parece nem existir. Junta isso tudo com uma história pra lá de prendedora, tem-se um dos maiores filmes de todos os tempos. Hollywood não precisa ser burra para vender. O Poderoso Chefão é uma prova disso. 


Gladiador - Sabe... É a coisa do poder sendo enfrentado pelo mais fraco. A coisa da humilhação. A coisa da monarquia sendo massacrada pela ideia da república. A inveja, soberana sobre todas as virtudes. Sim, inveja é uma virtude! Ela te faz repugnar todas as coisas belas, todas as coisas que incomodam. A vaidade é outra virtude! O pecado é uma virtude! Ou você acha que um homem cresce na vida apenas sendo bonzinho? No caso de Gladiador, nem o bandido e nem o mocinho são bons. É uma questão de justiça, essa que é cega e infeliz. 


Matrix - "Suas escolhas já estão feitas, basta você entendê-las..." Com essa frase do Oráculo, meu modo de enxergar o Livre Arbítrio criou um amplo sentido. Se Deus sabe todas as coisas, então não há livre arbítrio. Se há livre arbítrio, então Deus não mexe pauzinhos nenhum, ele fica lá em cima, apenas existindo. Sendo que todas as escolhas já estão feitas, num modo irreversível e insubstituível, mesmo que na vida nós tenhamos a ilusão dos caminhos a seguir, nossos passos estando já traçados (pois não somos nada na humanidade) e compreendê-los, senti-los e aceitando-os, tudo faz a porra do sentido. Duvida? Pense em sua vida há 15 anos... Os passos que você deu e os caminhos que percorreu... Teria como, em alguma hipótese, ser diferente? Cheears, Matrix!


O Exterminador do Futuro - O conceito de inteligência - segundo vi no Discovery Channel - é o "penso, logo existo". Creio, de um modo ou de outro, que as máquinas têm condições de criarem inteligência. O problema é a falta de emoção, essa que interfere os seres humanos a agirem, num misto confuso de razão e emoção. Uma máquina teria condições disso? O que pode acontecer se elas se revolucionarem ao botão on, off? No filme, o roteirista traça a história dos responsáveis e envolvidos nessa revolução. 


De Volta para o Futuro - O futuro, o passado e o presente. O homem nunca entendeu isso direito. Esse filme, em particular, fala do assunto com uma propriedade surreal, te dando a notória certeza de que viajar no tempo seria daquele jeito. Tudo é altamente apaixonante nessa história. Hoje em dia o filme é ainda mais loco, porque os anos 80 já não existem mais, fazendo parte de uma passado distante. E o ano 2000 também é uma grande ilusão, uma coisa que o homem ainda espera que vá acontecer. A máquina do tempo é algo útil, mas de um perigo sem prescindentes. Interferir nos caminhos já escolhidos... Seria como brincar de Deus, negligenciar o livre arbítrio, ignorar as regras da vida pura e absoluta. Seria, como é no filme, uma grande aventura!


Batman, o Cavaleiro das Trevas - Não só pelo Coringa, mas pela obscuridade que o enredo proporciona. Ele não começa "tá tudo bem", "fudeu", "ah, agora tá beleza", como é a franquia de Missão Impossível... Esse filme é todo: fudeu!!! Uma fotografia escura, mas não forçada. Uma trilha que parece que só eu percebi que existe, pois toda vez que to vendo o filme com alguém, eu pergunto "tá ouvindo isso? tenso", e ninguém saca. Perceba que toda vez que fica tenso, há um barulho estranho que o diretor coloca ali para dar um clima melancólico e insuportável, principalmente quando o Batman interroga o Coringa. Eu chamo de trilha, porque dá a impressão de que foi usado algum instrumento, sei lá... O crime perfeito, a insanidade do poder, a procura da justiça feita as próprias mãos. O melhor herói, o herói humano. 


A Procura da Felicidade - A vida é uma merda para muita gente, porque simplesmente parece não ter felicidade. Felicidade é um estado de espírito, baseado em suas conquistas e derrotas. A gente releva algumas coisas, engrandece outras. Mas e quando tudo dá errado? Há luz no fim do túnel? Deus é tão cruel assim? Há algo para aprendermos? A luta só pode ser vencida por quem está passando pela batalha. Ninguém vai mexer uma palha por você, e se se fizer, estará devendo. A gentileza deveria ser regra na constituição, pois ela gera boas novas. Um corre aqui, outro ali. Chorar é preciso para não explodir. Viver é preciso para não sucumbir. Quando a coisa tá apertada, é melhor ser forte e saber que a felicidade está sempre a teu favor, basta você enxergar longe. 


Amor Além da Vida - Foda-se a crença religiosa. O que vale nesse filme é a frase do protagonista: "Por ela, eu vou até o inferno". E ele foi, de fato. Depois deixa claro que nunca vai desistir da sua amada. O amor, piegas na maioria das vezes, cafona em todas as vezes, é visto como brega ou coisa que o valha. Nos tempos de hoje, crer que existe a pessoa que nasceu para você é coisa de filme mesmo. Mas, mesmo nos filmes, o amor é irresistível. Eu sou uma pessoa completamente aberta ao amor em todas as suas formas e valores. Lutar pelo o que se acredita - muito além de valer a pena - é coisa de pessoas fortes. Desistir é para os fracos. 


Uma Lição de Amor - Lindo de cabo a rabo. Para ajudar, a trilha sonora é dos Beatles (releituras) e o protagonista, um cara que tem autismo, é fanático pelos Beatles. Aqui não só se trara de lutar pelo amor, mas sim de que tudo o que precisamos é de amor, uma das frases mais felizes de John Lennon. Mais uma vez a gentileza está em risco, mostrando o seu valor. A vida é um emaranhado de coisas, entrelaçadas por pessoas que entram em nossas linhas do tempo, onde cada um é absurdamente único e tem a sua jornada protegida por sete chaves pelo o poder da mente - essa que ninguém consegue ler. O que isso tem a ver? Tem tudo a ver, pois esse filme é mais uma história de superação emocional, onde devemos nos preocupar com o andar da carruagem que cada um persegue, todos os dias. Ah, lembre-se: sempre que passar ao lado de uma pessoa, dê bom dia, boa tarde ou boa noite. 


Curtindo a Vida Adoidado - Eu prefiro chamar esse filme carinhosamente de "Save Ferris". Um tremendo cara de pau, mas irresistível. Pois o lema dele faz sentido, ô se faz. Foda-se essa merda! Nem que seja apenas por um dia. O filme é friamente calculado no time da comédia - se é que isso é algo para ser levado a sério. Não há drogas, não há álcool, não há cigarros, não há putaria; apenas a boa disposição dos personagens em serem completamente non sense. O diretor da escola é o Skinner (dos Simpsons), só pode ser! Só se fode, e a cada fodida que ele se mete, é de doer o queixo de tão engraçado. Ferris e seu amigo que tem um pai que tem um Porshe (ou seria Ferrari?) são unha e carne, a ponto de se conhecerem perfeitamente e saberem os limites um do outro. Mais um filme bacana que fala de amizade e curtição sem forçar a barra. Ah, e tem Beatles!




Um Lugar Chamado Nothing Hill - Desculpem o comentário, e podem me chamar de homofóbico, não tenho que me explicar para ninguém.... Mas esse filme me faz parecer um viadinho. Toda vez que está passando eu paro para assistir. Minha mulher já sabe, tá na grade da programação, esqueça... Vou assistir! Esse filme é ridículo, mas eu ao adoro de uma tal forma... Não sei dizer ao certo a razão. Talvez o humor sarcástico do britânico, talvez aquele Spike ser tão desdenhosamente irresistível, talvez por ser o papel mais simpático de Julia Roberts, talvez por ter aquela coisa da amizade mais uma vez - podem perceber que sou profundamente tocado pela boa socialização. O clima do bairro londrino Nothing Hill ou a casa com a porta verde bem ao estilo inglês... Uma livraria, uma cafeteira, jantar regado a vinho e piano... Não tem a porra do sonho americano? Então, enfia no cu... Gosto mesmo é desse sonho inglês. 


Mudança de Hábito - O que os produtores musicais fizeram com as músicas tradicionais cristãs foi algo de tirar o chapéu e bater palma por 10 minutos sem parar. Deve ter algum significado especial a coisa da transformação. E, de uma vez por todas, não há barreiras entre o secular e o evangélico, toda música é divina, queria você ou não. Uma pecadora chegar chutando o pau da barraca numa igreja e transformar o que era um tédio num grande louvor feliz e gratificante, isso é coisa para poucos. E, acreditem, isso acontece! O louvor é coisa séria e o testemunho não é o que você faz fora da igreja, mas sim o que você faz estando dentro da igreja. Na continuação, Lauryn Hill e cia arrebentam no caminho entre humildade e agressividade. Não é um musical - mesmo porque eu odeio musicais - mas sim um filme que mexe com quem já esteve desbravando seu instrumento em nome do criador. 


Jurassic Park - Os dinossauros são reais! A carne do T-Rex é texturizada. Não há computação gráfica sobressaindo e ofuscando a imaginação do diretor, que é passada diretamente ao expectador. Quando esse filme saiu, eu fiquei perplexo. Eu era uma criança e fiz minha mãe me levar no cinema. Fizemos contagem regressiva para a estréia do filme. Na capa da revista Veja, Spielberg entre as patas de sua criação. Todo um alvoroço que não foi em vão. O resultado é absolutamente real, pavoroso e divertido. Ninguém mais conseguiu fazer isso e o que mais me espanta é que foi utilizada uma tecnologia ultrapassada. Você pode alugar o filme em HD e vê-lo numa tela mais foda de todas e duvido que vai achar um erro de digitalização ou coisa parecida - algo que aparece até mesmo na visual de O Senhor dos Anéis (não estou comparando, mas já comparando...). Peter Jackson é fantástico, mas foda mesmo são os robozinhos de dinossauros criado por esse que já veio fazendo história em E.T.


Irreversível - Tenho um grande amigo que morou por uns anos na França. Ele viu esse filme lá. Então um dia ele veio para minha casa. Estávamos a toa, zapeando a net, quando vimos a chamada do filme "a seguir, Irreversível". Ele exclamou, bem carioqueix : "Mermão, esse filme é sinixtro!" A começar pelas cenas iniciais que dá enjoo por causa das tomadas da câmera, o filme já te deixa tonto. E o decorrer da vida dos envolvidos, de frente pra trás, deixa claro que as coisas acontecem por que têm que acontecer e não há nada que você possa fazer para impedi-las. Um filme altamente repugnante, chocante e impressionante. Uma viagem a podridão humana e ao que o homem é capaz de fazer pela total falta de bom senso. Um bom exemplo sobre as consequências da falta do amor na vida de certas pessoas. E, também, sobre o que somos capazes de fazer quando mexem com nossos queridos de um modo injusto. Mais uma vez, a justiça é completamente cega. 


Meia Noite em Paris - Já dizia Sandra de Sá: "Que tempo bom que não volta nunca mais". E Cazuza "Eu vejo um museu de grandes novidades". A nostalgia é a nossa maior ameaça. Ficamos cegos com as grandes novidades do mundo moderno. O novo já nasce velho. Qualquer filme de Woody Allen é garantia de diversão. Mas eu não sabia que ele também era capaz de sedução. Sedução no sentido de ver a história e ver uma profunda semelhança com sua vida. Ou seja, eu não estou sozinho nessa. Não se faz mais nada como antigamente. Sinto saudade de um tempo que nem vivi. Tudo no passado me parece mais saboroso, sincero. É por isso que quando você vê algo do passado na sua frente, mesmo que ele esteja velho e cansado, a energia da glória está presente, e não há outro resultado senão as lágrimas. E, como uma avalanche retrocedida, sempre vão falar em nostalgia, pois uma coisa influencia a outra, e por aí vai. Nunca estaremos satisfeitos. Os grandes alicerces e tijolos que moldaram a história da arte sempre serão os grandes, os perfeitos, os mestres. Não é uma questão obvia de pioneirismo, mas sim de culto ao seu molde, até o fim dos tempos, amém. 






Há tantos outros filmes...


















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