quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

All Things Must Pass - George Harrison, 1970.





Certas coisas são incompreensíveis...

Outras coisas são fundamentais.
Poucas coisas perpetuam.
Poucos sonhos são lembrados.
Alguns amores se rompem.
Algumas barreiras se colam.
Deixe ir pro ralo.
Deixe eu te contar o que tenho a dizer.
Se por ventura me subestimar.
Brilharei em prosa.
Na sua escuridão enfurecida, no seu ego insuportável.
Eu vou brilhar.
Serei a contra maré.
Serei a contra cultura.
No ódio eu vou nascer.
No amor eu vou embora.
Um jardim, eu adoro jardins.
Eu planto para as próximas gerações.
As plantas nos falam sobre o passado.
Sobre o presente.
Sobre o futuro.
Eu sou um poeta.
Eu escrevo apenas sobre mim, mais nada.
A minha vida criou as minhas frases.
Meu sotaque é carregado.
Meu lamento é na guitarra.
O slide me conduz.
Meu senhor - My LORD - me entenda!
Paz interior, paz para você, para mim.
Todas as coisas vão passar.
A luz do sol não dura o dia todo.
Se afaste da escuridão.
LET IT DOWN!!!!
Minha carne me chama, me consome, me envolve.
Minha alma pede socorro.
Minha fama é conhecida.
Sou o quietinho, o tímido.
Sou o ingênuo, o caçula.
Sou doce e azedo.
Exalo louvor ao mistério de estar vivo.
Eu sou George Harrison.
Meu disco se chama All Things Must Pass.
Não sou mais um beatle.
Eu já morri.
E estou aqui.
Na minha música, que eu fiz pra mim.
Te convido a me ouvir.
Tenho uma absurda certeza de que esse disco vai mexer com você.
Pois eu deixei um jardim, para futuras gerações.

Todas as coisas vão passar. É tudo material. Nada é real.

Hare Krishna.

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