quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Entrevista



O dia estava chuvoso, típico de cidades próxima ao eixo de São Paulo. No dia 07/10/2009, Felippe nos recebeu em sua casa na cidade de Campinas. Com um humor equilibrado em extremos, Felippe respondeu às perguntas baseadas em seus medos, sonhos, fantasias, passado e futuro.

OS BLOCOS - Esperanto é um disco que fala sobre Deus. Você tem alguma raiz religiosa?

Pompeo – Sim. Meus pais meio que me obrigaram a freqüentar a igreja presbiteriana. Mas, como toda boa educação é válida, isso também foi válido pra mim. Mas não em questões esclarecedoras sobre Deus em si. Deus, na religião, é tratado como além de você. É, ao mesmo tempo, um pai bravo e uma mãe que te abraça. E não sai disso. É sempre a mesma questão de pecado, perdão, oração e a vontade de Deus. Coisas como livre arbítrio e trindade nunca foram bem esclarecidas na minha mente. Acho válido para algumas pessoas, mas pra mim deixou de fazer sentido. Mas ao mesmo tempo me fez pensar que existe alguém lá em cima, nem que seja pura e simples energia. Se essa energia me colocou no mundo e me faz ser o que eu sou, então acho que é digna de louvor.

OS BLOCOS – Você tocava no grupo de louvor da igreja não é?

Pompeo - Toquei baixo durante anos. Foi lá que acredito que desenvolvi minha técnica – limitada – da música. E foi lá que desenvolvi meu ouvido. Aquela coisa de ter que tocar um hino que o nego te apresenta vinte minutos antes do culto. Tinha que se virar. A gente se virava. Ás vezes eu pegava na guitarra também... Mas não gostava. Muita gente sempre disse que eu não sabia separar as coisas, a música do espiritual. Pra mim nunca houve diferença, músico que é músico toca com o próprio espírito. Tantas vezes senti a presença de Deus na hora da música nas igrejas, e tantas vezes não senti. Tantas vezes senti Deus num albergue público da cidade, e tantas vezes vi Deus nas árvores, nos animais, no tempo.

Os Blocos – Você fala de um jeito que parece que sente alguma aversão pela igreja.

Pompeo – Muito pelo contrário. Tenho amigos de lá, mas também tenho amigos aqui, no que eles chamam de Mundo. Tenho um lindo passado na igreja, e não sou do tipo que renego o meu passado. A única coisa que me deixa meio bolado é que lá eu fui muito criticado por eu ser eu mesmo, e no “mundo” eu nunca fui criticado por isso. Os meus grandes amigos sempre me apoiaram em minhas viagens, decisões, vontades. E sempre oraram por mim, o que é natural, já que é nisso que eles crêem. Sempre haverá um ritual. Eu tenho os meus, você tem os seus, e assim vai. Só acho que a galera devia se ligar mais e se preparar para o progresso, se não vão perder pessoas brilhantes, como já vi acontecer. Não é preciso estar na igreja para agradecer a Deus, ainda mais quando Deus vira algo na sua mente completamente diferente do que a igreja prega.

Os Blocos – Falando de coisas não resolvidas... E os Lucidas?

Pompeo – O que você acha que tem de não resolvido nisso?

Os Blocos – Muito se falou depois que a banda acabou, que você não olha mais na cara do Túlio (guitarrista fundador), que você odeia o Hally Ho (banda em que o Túlio entrou depois), etc...

Pompeo – As pessoas gostam de falar. Isso é natural. Eu acho isso um barato. Mas quem sabe realmente o que aconteceu sou eu, minha família, minha namorada, o pessoal envolvido na banda, e só. E isso só me diz respeito. Mas o que posso dizer é que houve um mal entendido, tanto da minha parte, quanto da parte dele. Da minha parte posso dizer que o Lucidas , bem no fim da carreira, tomou um rumo que me agradava. Eu queria tocar mais as canções do disco e já ligava o foda-se para as pessoas que não dariam a mínima para isso nos shows. Temos 3 discos gravados: “Abrindo o Caminho”, “Demo #2” e “Até o Fim”. Eu aprendi tudo o que sei no que diz respeito a palco, postura, guitarra e amizade de banda com esses caras. Aprendi o que é uma banda e o que ela pode representar para os envolvidos. Aprendi que ninguém é obrigado a pensar como você numa banda. E aprendi que ter banda pode ser tornar doloroso ou prazeroso, e que tudo depende do quanto você se dedica aquilo. Aprendi que, ao contrário do que dizem por aí, não é a grana que faz de você um artista ímpar. O Lucidas foi A banda que eu tive, participei, fiz barulho, chorei, sorri, sonhei. Quanto a sentimentos com o Túlio, hoje só tenho a agradecer. Tudo o que sei sobre guitarra foi ele que me ensinou. Eu tinha uns 17, 18 anos naquela época. Ele era mais velho. Como disse o Sérgio Dias, éramos o John e o Paul da banda. Ele me ensinou muita coisa, e é um cara que faz parte da minha vida, nem que seja apenas do meu passado.

Os Blocos – Você tem visto o restante da banda?

Pompeo – Meu irmão ainda mora comigo. O Ruga eu vejo bastante. Ramirez quando volta de Juiz de Fora. Carlão é raro, mas quando nos esbarramos ele dá aquele berro dele: “Felipão!”, e espalha para quem estiver com ele que eu sou o vocalista da banda dele. Acho isso lindo, o Carlão, que era técnico de som, falar com orgulho, A banda dele, se incluindo no time. Tem mais que se incluir. Pra quem não sabe, “Até o fim” é uma expressão dele, que sugeri para o nome do disco. Toda vez que íamos para Votuporanga, lá pelas 7 da matina ele aparecia com uma lata de cerveja e berrava “até o fim galera”. Ah, fazem uns 4 ou 5 meses que vi o Capone (Fabio Capone, 1° empresário da banda) conversamos por umas 4 horas tomando cerveja e comendo pizza. É uma galera que adoro encontrar.

Os Blocos – Você mencionou o Sérgio Dias. Todos que andam com você sabem dessa história. O que aprendeu com ele?

Pompeo – Aprendi muita coisa. Realmente, muita coisa. A mais preciosa de todas foi a menção de que os Beatles são os maiores do mundo. Depois dessa informação, minha vida mudou. Mas ainda falando do Sérgio, ele me esclareceu, sem perceber, o que é uma produção musical – bem diferente do que ele fez. Ele simplesmente fez a coisa toda do jeito dele. Com isso, aprendi que um bom produtor ouve a banda que está produzindo com os verdadeiros donos da canção, e que a palavra deles é sempre a final, a não ser que você tenha um argumento muito melhor que o deles, sendo que, se você tiver mais experiência que a banda, seu argumento, na maioria das vezes, prevalece.


Os Blocos – É assim que acontece com a Oito Mãos?

Pompeo – Exato. Mas eles são um caso a parte. São meus amigos, o que dificulta mais a coisa toda. São 4 gênios em ebulição, de opiniões diferentes. Fortíssimas opiniões. Como eu conheço cada um deles muito bem, eu sempre me viro com os melhores argumentos, daqueles que sei que eles não vão reclamar. Rs...

Os Blocos – Em entrevista cedida ao pessoal da imprensa do Unifest Rock 2009, você disse que depois que entrou para a Oito Mãos, sua vida musical só subiu degraus.

Pompeo – Quando o André (guitarra e vocal da 8M) me chamou para trabalhar com eles, eu me senti super importante, coisa que estava precisando sentir naquela época. Foi quando o Lucidas não acreditava mais nas próprias canções. Foi um momento em que bandas autorais começaram a fazer mais sentido para mim. Nessa época que fui ouvir Phonopop, e o André conhecia essa banda. Era fã das coisas que eu adorava e ainda adoro – como Oásis, Los Hermanos e Beatles. O Oito Mãos é uma banda formada de caras que me respeitam, que são abertos a opiniões, que sabem o que querem e que torcem o nariz para coisas óbvias demais. Desse momento em diante, só cresci. Fui introduzido ao pessoal do alternativo de Campinas, descobri que havia uma porrada de banda além do circuito universitário DAKTARI, PAPARAZZI, FESTAS NO CAMPINAS HALL... Foi aí que conheci o Bar do Zé, o Woodstock, lugares em que se você se limitar em ser uma banda cover, é capaz de ser vaiado.

Os Blocos – E o JB e Seus Amigos Sex Symbols?

Pompeo – Ta aí uma banda que tem tudo para dar certo. Originalidade, som forte, humor. Acho fantástico tocar baixo para eles. Aliás, sinto muito orgulho dessas coisas: sou o produtor musical do Oito Mãos e o tecladista deles, e sou o baixista do JB. O Fita (Raphael Castro) é amigo de longas datas. Ele tocava no Lucidas também. Tinha uma canção do Detonautas Rock Clube – “Ainda vou te levar” – em que no meio tinha um rap que eu simplesmente não conseguia cantar. Era o Fita que fazia... Rs... “Eu podia até tentar acreditar nessa ilusão...” Era muito engraçado. Daí um dia ele precisou de mim pra tocar baixo no JB. Vou confessar uma coisa: eu já via um puta potencial nessa banda e queria participar daquilo desde o começo. Quando recebi o convite, cara, fui para pegar o meu lugar. Tirei o disco inteiro dos caras em uma tarde. Foi aí que conheci de fato o Lucas (guitarra e voz) e virei um grande amigo dele. Mais tarde veio a Michele, que é uma batera melhor que muito marmanjo por aí.

Os Blocos – Quem não te conhece acha que você está completamente drogado nos shows do JB.

Pompeo – Não tem nada a ver. Se eu me drogasse, não conseguiria tocar. Estamos falando de drogas né? – se é que você me entende. Aquilo é simplesmente eu me deixando levar pelo som, que acho do caralho. Arranjos fortes, riffs fenomenais, isso me deixa de pau duro. Se eu não acreditar no que estou fazendo, quem vai acreditar? Isso é o que mencionei antes, tocar com a alma, seja no baixo do JB, nos teclados do Oito Mãos, ou em barzinhos, ganhando meu pão, tocando “Fada”.

Os Blocos – É verdade... Você toca “Fada”, do Vitor e Léo...

Pompeo – Vai me dizer que não é um puta som? Essa nova onda sertaneja está fazendo rock and roll e ninguém está percebendo isso. Eles apenas vestem roupas de cow-boy, um chapéu do Indiana Jones, e fazem aquela vocalização cheia de vibratos que os sertanejos pop’s adoram fazer. Sertanejo foda mesmo é aquele de raiz, que se ouve em Alterosa – MG. Esse eu não toco, mas não é porque não gosto ou coisa parecida, mas sim porque eu não sei fazer. Coisas que eu não sei fazer eu apenas admiro.

Os Blocos – E o que você não admira?

Pompeo – Ah... Já nem sei mais. Ando respeitando de tudo. Só não sou obrigado a gostar.

Os Blocos – E do que você não gosta?

Pompeo – De coisa mal feita. Vozes desafinadas faz tempo que não me incomoda mais. Mas poxa, uma banda tocando fora do tempo, uma voz cantando fora do tempo, essas coisas me irritam. Me irrita quando não há o mínimo de cuidado técnico em cima da coisa. Eu sou o primeiro a defender o trabalho do artista, aquela coisa que vem do fundo do ser dele. Mas quando o cara não preza para fazer, pelo menos, bem feito, de modo que o receptor consiga “suportar” aquele momento, aí fica difícil.

Os Blocos – Você assiste aqueles programas de caça talentos, como o Ídolos, por exemplo?

Pompeo – Assisti quando era novidade. Era engraçado ver o pessoal sem noção cantando... E a cara dos jurados. Depois que o Cassim (Carlos Cassim, do Keep The Faith, o Bom Jovi Cover) participou e me falou como era feito, broxei. A produção seleciona pessoas boas e ruins para enfrentar os jurados. O que era novidade passou a ser ridículo. Sou o tipo de pessoa que sente vergonha pelos outros. Se um Sacomani ou um Miranda fala coisas do tipo “você não tem jeito pra coisa” ou “pelo amor de Deus, não achei meu ouvido no lixo” eu mando o cara ir a merda.

Os Blocos – Mas dizem por aí que você se inscreveu no Ídolos.

Pompeo – Eu apenas imprimi uma folha de inscrição, só para ver como era. Achei fácil demais, foi só entrar no site, imprimir um número e ir pra uma fila de 3 dias no Tênis Clube. Larguei o papel em algum lixo no meio da rua.

Os Blocos – Quais outros projetos você está envolvido?

Pompeo – Faço parte do Beatles Drive, que é uma concepção mais roqueira dos Beatles, junto do Fabio Boto (ex Quatro Fatos). Estive gravando um disco em tributo ao Michael Jackson com o Elton Dias (baterista, música free-lance da cidade) mas não sei quando ambos os projetos saem do forno. Tenho, junto do Oito Mãos, um home estúdio, onde gravei o “Esperanto” e o “Vejo Cores nas Coisas”, o novo disco do 8M, ainda em faze de mixagem.

Os Blocos – Podemos esperar mais disco de Felippe Pompeo futuramente?
Pompeo – O futuro não me pertence. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente, e nem quero saber. Só quero viver intensamente o presente, lembrando com felicidade do passado. O que depende de mim é a vontade de continuar compondo, escrevendo e tocando. Temos o home estúdio. A resposta é sim, com certeza, virá um disco atrás do outro, enquanto eu estiver vivo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BABOSEIRAS

Hoje vou falar sobre nada. Coisa nenhuma. Só quero sair escrevendo. Sem pensar. Teclando palavras absolutamente sem sentido. Um exercício da expressão significativa da desenvoltura pessoal do ser onipresente e onisciente.

A seguir frases bestas e sem nexo.

-3 tigres multiplicados pelo relento-
-guerra de ouriços rastafaris em pról da melhor onda-
-distúrbio físico do asfalto de Ipanema-
-chuva que cai sem parar no meu copo de coca-cola zero-
-fumaça que explode no meu peito, doce câncer dos mais corajosos (perdi essa coragem)-
-preciso de sabonete feito da gordura dos búfalos do Arizona-
-se é que no Arizona tem búfalo-
-hoje eu andei com a calça cagada-
-mããããeeee!-
-rasguei meu livro porque to puto, aquela merda-
-não me venha falar que você é feito de alma de luzes-
-cada um respira a sua parte do peido, assim o cheiro vai embora rapidão-
-quem disse que eu sou bacana?-
-puxa, aperta, para! essa espinha tá doida sô-
-eu escrevo do jeito que eu quiser, com ou sem regra. porra! o blog é meu-
-????-
-!!!!!!-
-PUM-
-Blá-

Tá... Isso tudo porque estou sentindo um sono profundo. Esse friozinho que anda fazendo na véspera da primavera... Prima Vera... Toda vez que eu falo esse nome, me vem à cabeça uma criança fêmea com um vestido branco em um balanço de árvore.

Esses dias eu me lembrei de como, na maioria das vezes, sou bobão. Ainda mais se juntar eu e o Ramirez. Aí, numa dessas, junta a Silvia, que geralmente ri das baboseiras mais sem graça que fazemos. Vou tentar postar aqui as expressões e frases e outras coisas que costumamos rir, coisa nossa. Esses momentos baboseiras costumam durar horas, dias, e às vezes, meses.

MOMENTOS BABOSEIRAS

- Vai levar os (ox) pedais (pedaix)? - Ramirez perguntando isso mesmo, saindo da minha casa para ir tocar no extinto "O Boteco", só que em carioqueix, num momento baboseira. Durou: uns 2 dias.

- CUIDADO MANO! - Ramirez. Durante 4 horas de viagem para Alterosa, MG. Eu, ele, Silvia e Maíra. O tempo todo. CUIDADO MANO. Durou: 2 dias também, na ida, durante, e na volta da viagem.

-Gringo, quente, wisky... - Eu e Ramirez, depois da copa de 2002. Uma propaganda da Skol, onde numa roda de amigos um cara queria beber Wisky, gringo, quente. Durou: até hoje.

- In the land of Mordor, the Shadow will not pass!!! - porra... que besteira... Me desculpe se você está lendo isso, mas esse é o tipo de post que não é pra fazer sentido pra ninguém, mas faz um puta sentido pra mim. Eu tinha que registrar essas coisas. Ao ver "O Senhor dos Anéis- A Sociedade do Anel", logo na intro do filme uma voz (para os fãs de plantão, da rainha Galadriel, a Elfa, de Valfenda) conta a história do anel até o momento em que o filme se passa. Só que ela conta de uma forma bem sinistra. Então: tudo o que diz respeito a coisas sinistras, eu e Ramirez falávamos essa frase, do jeito sinistro. Tipo, FUDEU! Durou: uns 2 meses.

- Lá fora faz frio, aqui dentro faz calor: Oh Minas Gerais! Oh Minas Gerais! Quem te conhece não esquece jamais! - Claro, eu e Ramirez, de novo. Numa aula de inglês, no Batista, em 2000, 2001...sei lá... Cantamos isso numa classe de 15 alunos. Não usávamos nada. Ou seja, se você é besta, vai ser besta com ou sem entorpecentes. Durou: os 50 minutos da aula.

- Vai... Chewbacca- Clássica. Ramirez e Silvia. Falando comigo, me comparando com o famoso personagem de George Lucas. Essa história começou depois que recebi um email e mostrei pro Ramirez: uma versão de "Noite Feliz" cantada pelo Chewee. Até hoje não sei porque me chamam assim. Durou: ainda dura... http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=9475852564376457799&pid=1200357816740&aid=1$pid=1200357816740

- Vai... Bifum - Mania de me chamar de qualquer coisa engraçada. O bifum é aquele macarrãozinho chinês. Durou: alguns meses... Mas toda vez que vamos em um restaurante chinês... já viu... Yakibifum!

- Vai ... Shushi Baiano - essa é da Silvia... pro Ramirez. Durou: uma noite.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Deixou seu carro na garagem hoje? Eu duvido! E, se deixou, parabéns... Mas mesmo assim eu duvido...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Perdido em música #2


Tem cada coisa que me acontece no que diz respeito a música... Coisas que me intrigam, que me renovam e que envelhecem. Coisas que me fazem pensar e não ter horizonte. Pequenos muros aqui, outros ali. Algumas pontes - e eu vou que vou! - e algumas senhas... Eu vivo DA musica, e não De musica. Viver De música é doloroso... Possível, mas doloroso. Isso é algo que eu busco ainda. Agora, viver DA música é incrivelmente o contrário... A música simplesmente me faz viver. Nela eu tenho os sentimentos humanos de verdade (na minha cabeça, claro...). Eu sinto alegria, saudade, vontade, tristeza, amor (ah, o amor na música...) e todas as coisas que Deus deu para o ser humano. Arte é foda. Música é a arte que eu domino... Já viu... Vou pra lá e pra cá, vejo uma unha de Deus em sua infinita grandeza (pois sim, pelo incrível que pareça, me sinto perto de Deus, pois na verdade não sou eu que vou a ele, e sim ele que vem a mim).

Vejo como é possível isso tudo em momentos diversos da música...Mas o DISCO é, na minha opinião, a forma (pode-se ler midia, se tu queres), mais pefeita de encontrar com os sentimentos citados, pois o artista está simplesmente tocando pra você, apenas pra você, e ninguém menos que você. Poxa, só ai que você tem um total momento com aquela pessoa - tanto para o ouvinte quanto para o artista...

Tá complicado? Espero que não...

Vou ajudá-los.


Claro, não sem uma introdução ao assunto...

Não sei porque, mas essa semana me deu uma vontade imensa de ouvir o LOS HERMANOS 4. Até essa semana eu era o tipo de fã de LH que não deu muita bola para o 4, pois não achava que foram tão brilhantes. Me lembro que quando ouvir pela primeira vez eu simplesmente achei uma merda. Depois eu o achei razoável. Depois vi ao vivo o LH fazendo as canções do 4. Depois achei o álbum muito bom... Pois só parei para ouvir, dali pra frente, as canções que eu tinha visto ao vivo. Foi assim, até essa semana.

Aí, por querer chegar num timbre bão para o meu disco, fui na fonte "moderna" do que eu gosto. Por isso peguei o 4, pois se tinha uma coisa que o 4 era e ainda é melhor que os outros discos é a gravação.

Aí eu precisei compartilhar esse post com vocês. (estou ouvindo o disco nesse momento, às 20:05, sem interrupção...)

DOIS BARCOS - me lembro do Rio... da gravação do Fundição Progresso... Esse fato me fez compor uma música, "O Rock do Amor", em plena ponte Rio Niterói depois de sair desse mesmo show. Me lembro da primeira vez que levei a Silvia no show do LH, no Campinas Hall, e vi como os caras tocaram ela... Me lembro desse dia porque "Dois Barcos" foi a canção que abriram o show aqui em Campinas ... Todo mundo cantando... Aquela vibe...Me lembro da primeira vez que ouvi o 4 e já comecei odiando... Como são as coisas... TENHO vontade de: voar.

PRIMEIRO ANDAR - essa também... a mesmíssima coisa do que na música anterior. O que sempre me intrigou nessa canção foi o tempo musical dela... Amarante canta do jeito que quer, e a banda vai seguindo ele (claro, com uma lógica matemática) mas é fantástico... Quando ele berra "não faz disso esse drama, essa dooooorrrrr", me lembro do Show do Fundição com outro ângulo: o físico - que se resume em som,luz, galera, e a visão que eu tinha do Amarante, com aquele jeitão foda que tem, um dos artistas mais sinceros do Brasil... fã de verdade vê o ídolo assim. TENHO vontade de: tocar.

FEZ-SE MAR - ah tá! É isso então! - foi o que pensei quando ouvi o Camelo na carreira solo... (nesse momento me sinto um burro... ainda não ouvi o disco SOU/NóS do Camelo... Apenas uma música - Copacabana - que acho simplesmente fantástica). Ver o LH tocando aquela vibe bossa... Unico! Que banda ousada... Já tinham gravado um samba: Mas, porra, uma bossa? Quem não tava ligado (eu) não entendeu nada. Hoje faz o maior sentido... Talvez porque eu amadureci. Vivo amadurecendo. O Barba toca de um jeito alucinante (puta batera, daqueles que eu queria ter na minha banda) me pergunte depois, se interessar, o que vejo de tão foda nesse exemplo do Barba (nessa música). TENHO vontade de: ouvir SOU/NóS.

PAQUETÁ - Essa é pra lá de Le Conguero - Pablo dos Timbares - Hermano Zapata - Tito Puenteeee!!! Uma rumba a lá LH... Porra... Eles são ousados demais!!! Cadê aqueles loucos que disseram que o LH não eram bons músicos? Porra, se essa gente respeita o que é ser músico de verdade, sabem que o LH dá aula em muita gente. Tenho propriedade do que digo porque vi ao vivo - Claro! No Fundição! - TENHO vontade de: dançar.

OS PASSAROS - Talvez seja a única que não gosto tanto... Mas mesmo assim acho uma canção única. É isso que o compositor busca - ser único. Meu problema com ela é o modo como o Amarante canta, daquele jeito bêbado demais que não sabe o próprio nome, bem exagerado... Isso me irrita um pouco, e às vezes me vejo fazendo isso. Uma coisa louca: Quando penso no nome da música, esta me lembra muito uma revoada de pássaros negros - seriam corvos?. TENHO vontade de: sair correndo, fugir.

MORENA - RS... rsrs...rsrs....rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs....toda vez que ouço essa música, eu sorrio. "É, morena, tá tudo bem, sereno é que tem.. a paz, de estar, em par , com Deus!!! Tarartam!Pode ir agora, que o fio da maldade, se enrola... TUM TUM PÁ! - Pra nós, todo o amor do mundo! Pra eles, o outro lado eu digo mal me quer, ng escapa ao peso de viver, assim, ser assim.. Eu não prefiro assim, com vc... Juntinho, sem caber de imaginar... Até o fim raiar..." Ai vem aquele solo do Amarante simplesmente foda de tão podre. Ah, lembro da galera toda cantando - 30 mil pessoas - na abertura do show do Radiohead... TENHO vontade de: ver outro show deles...

O VENTO - Foi a primeira que mostraram do 4. A primeira vez que ouvi já fiquei honrado. Depois ouvi o trimbre da caixa da batera - achei foda. Letra imbatível. Como diz a Silvia, é uma música que eu não me canso de ouvir, não enjôo. É uma das canções do Amarante que simplesmente entendi: pra mim, "O Vento" conta a história de um amor tão perfeito que ultrapassa gerações (vidas), e que só o Vento é testemunha. "SE A gente já não sabe mais, rir um do outro meu bem, então o que resta é chorar..." ISSO, ESSA FRASE - ao vivo, todo mundo... Arrepia até o meu cabelo do... Daquela que você se sente feliz de estar vivo e ouvir uma canção naquele momento x da sua vida. TENHO vontade de: Ouvir de novo.

HORIZONTE DISTANTE - Essa é , juntamente com Fez-se Mar, daquelas que fui ouvir de verdade essa semana. Que jeito diferente de se fazer música... Não sei... Me dá a realidade do que é um horizonte distante, aquilo que você não sabe como é... No meu caso desse momento, o futuro... Ouça a letra e pense no futuro...O futuro é um completo e exato horizonte distante. Que música! TENHO vontade de: fazer uma coisa loca...

CONDICIONAL - não dá tempo pra você pensar quando acaba Horizonte... PÁ (a caixa do Barba) e PUM! a banda entra! Foda, foda, foda, foda... E o mais louco: a primeira vez que ouvi essa canção foi com o Oito Mãos tocando no ensaio. "Porra, essa música é de vocês?" " Não, do LH... do 4... não lembra?"... Não lembrava. Uma das mais rock and roll do LH, e eu sou loco por um rock bem feito! Top 10 pra mim, mesmo nunca tendo decorado a letra. TENHO vontade de : uma telecaster plugada no meu hot hoad.

SAPATO NOVO - suspiro. Depois de uma porrada na cara (condicional) vem um cafuné (sapato novo). Me lembra uma galera que andava com meu pai na época de Niterói... Me lembra muito aquela vibe de Niterói, me lembra coisas que eu só sentia quando morava lá e quando volto para Niterói. Como diz a letra... "Eu poderia pensar que não se passou de um sonho...", mas eu me recuso de esquecer minha infância lá naquele lugar... Naquele mar, naquela coisa de ser criança, sem preocupação, sem esperança, sem pensar no futuro... um constante presente... quando criança, simplesmente se vive... Ser criança é um barato!!! TENHO vontade de: ser romântico.

POIS É - O refrão... "AVISA QUE É DE se entregar o viver..." é que a música me ganha... daí pra frente ela me pega pelo pé...Fiquei sem palavras. TENHO vontade de: ver o LH gravando.
É DE LAGRIMA - A última... Porra... Essa canção merece lágrimas. Chorar por música, por arte, mesmo quando ela não passa de um condutor para a emoção (DEUS TÁ NISSO HEIN) . É uma canção pra apoiar os cotovelos na mesa e por a cabeça nas mãos... Aí o barulho me pega! Me leva pra lugares distintos... É o fim do disco... É o fim do post... Me leva para os Anéis de Saturno. Me lembra do que eu sou, do que eu faço... Claro... Isso tudo é um momento... Sabe o que é mais legal? É que toda vez que você ouve a coisa de novo, a viagem é outra, e você lembra de outras coisas, sente outras coisas, outras coisas... E mais coisas... TENHO vontade de: escrever mais.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

É NÓIS!

Poxa... se eu tiver que usar uma palavra para descrever esse fim de semana, essa palavra é FODA. Foi bem foda, foda em todos os sentidos.

Começou sendo foda no sentido de "do grande caralho" e "quebradera" no fds passado, em São Paulo, no já comentado aqui FDS da mixagem do disco ESPERANTO. Naqueles 3 dias estive completamente desligado do que viria a partir do dia 10 de setembro.

Uma semana antes montei de fato a banda OS BLOCOS DE CIMENTO e ensaiamos 2 vezes para a apresentação do dia 10 no UNIFEST ROCK, um festival que, por pouco, não me enlouqueceu. Eu simplesmente não conseguia assimilar a realidade da fantasia. Minha mente me levava a vários momentos de um futuro obscuro: O que seria desse festival? E se eu ganhar? E se não ganhar nada? Se eu for humilhado? 3 bandas, vai ter que mostrar alguma coisa Felippe... JB é fantástico... Oito Mãos é sua carreira... Os Blocos de Cimento... bem... eu não sabia muito bem pra quem torcer, se pra mim, pro JB ou pro 8 Mãos.

Quando entrei me disseram para desistir da música caso não ganhasse nem mil reais. Coisas foram ditas. O tempo todo, todo mundo: "porra, parabéns" ou "vai levar todos os prêmios é?" ou "da próxima vez você me avisa para ter um concorrente à sua altura". Quando essas coisas acontecem, você simplesmente deseja não estar nessa maré. O nervosismo não te deixa dormir, não te deixa aproveitar o presente, não te deixa raciocinar.

(SE VOCÊ ACHA QUE JÁ ESCREVI MUITO ATÉ AQUI, DESISTA. COMO COMENTEI COM A MICHELE, NO MOMENTO EM QUE EU PARAR PARA ESCREVER AQUI, VAI SER COISA GRANDE)

Ao começar por abrir o festival. FELIPPE POMPEO... Meu nome. Nunca foi tão dito, tão anunciado, tão esclarecido. Na passagem de som (abrir um festival tem lá suas vantagens) os técnicos me chamavam pelo nome. Eu era o responsável pelos Blocos de Cimento. Estávamos ali com uma música minha, inteiramente minha, arranjada e complementada e o caralho a quatro por mim. PONTO.

Quando percebi que eu tive autonomia para compor no JB, levei um RIFF que ficou martelando uma semana na minha cabeça. A Michele meteu um ritimo dançante, o Lucas apareceu com uma 2ª parte e eu finalizei com uma seqüência em F maior. O FITA veio com um lance BEATLES em "seu chulé ardeu meu olhos" e com 80% da letra. Nasceu aí "VIU BEE". Gravamos no estúdio que montamos na casa do André. PONTO.

Quando ouvi "Grave Lacuna" pela primeira vez, tive um lance estranho. "Vai tomar no cú... esse André é foda". Ele havia me mandado uma demo feita no CAKEWALK. A canção era calma e aos poucos ficava triste. Meu trabalho de produtor foi transformar essa canção do André em uma canção do 8 mãos. Obtivemos êxito. Pela primeira vez tínhamos uma música forte ( no sentido de impacto). Gravamos no Mário, em Barão, com Caio Ribeiro na técnica. Essa música nos levou ao CENA MUSICAL INDEPENDENTE, de 2008, um concurso do Estado de SP. Algumas pessoas, ao verem o nome do 8 Mãos na lista de bandas selecionadas para o evento, disseram que ali tinha coisa mal feita, pois não era possível uma banda de desafinados e de um batera torto estar num patamar desses . Levamos 4 mil reais e montamos nosso HOME ESTÚDIO - para alegria nossa e para o nariz torto de quase todo mundo que falamos que estávamos montando.

FABIO BOTO nos ajudou a montar esse sonho. Ah, claro, e um tal de SIMON - cunhado do André - um músico fodão do Canadá que nos alertou que o nosso primeiro plano para montar o Estúdio era furada. Informação pra lá, informação pra cá, montamos nosso set.

Ah... Quando rolou o primeiro UNIFEST tivemos que nos contentar com um mero "não entramos no festival".

Um dia eu sentei no piano mágico da minha casa (sim, ele é mágico. Senta lá e você vai sentir a energia do ex dono dele, DANILO, o melhor pianista que tocou comigo, morto em um acidente infeliz) e esbocei alguns acordes. Escrevi uma letra e em coisa de 40 minutos estava pronta "ANÉIS DE SATURNO", uma expressão do meu amigo RAMIREZ, que adora dizer "Felipão, já to andando nos anéis de saturno", se é que você me entende...

Essa música me levou para o festival.

No dia 10 fiz a melhor apresentação da minha vida até aqui. Simplesmente encarnei a pessoa que eu quero ser para o resto da vida, e os CIMENTOs foram comigo, como bandeja, me apoiando. Depois toquei com os JB. Foi perfeito. Depois vieram o 8 mãos. Metade da apresentação jogada no lixo por conta da incapacidade de alguém do som (não sei se do PA ou se do Monitor) e uma microfonia insuportável (como disse Caio Ribeiro - um disco voador) nos fudeu literalmente até metade da música. Estava 2 a 0 pro caras. Quando a microfonia sumiu, tocamos de verdade. Fechamos a apresentação em 4 a 2 pra nós!

No dia 11 fui com o JB para Maringá - PR - tocar num bar chamado "Tribos", um verdadeiro inferninho parecido com o nosso querido Woodstock, com banheiro pixado (pixamos nosso nome, é claro) e sem portas ou identificações de "masculino" e "feminino", para o desespero da Michele. Tocamos para umas 15 ou 20 pessoas. Mas o show foi fantástico. Lá pelas 3:45 começou o show dos nossos anfitriões, a SEXTA GERAÇÃO DA FAMILIA PALIM DO NORTE DA TURQUIA - simplesmente animal! Os novos titãs. Do grande caralho. O Japonês ganhou um novo fã - EU - pois sabia usar pedais de efeitos de um jeito que não se vê todos os dias por aí.
Pizzas, cervejas, destilados.. Fomos dormir 6:30 da manhã do dia 12, de modo que as 10:40 estávamos no carro rumo a Campinas, para encarar a final do UNIFEST ROCK.

Chegamos na minha casa às 17:40. Às 18:20 eu estava no taquaral. Morto, mas tava lá.

Subi no palco com o 8 mãos e fizemos o show da final. Aí sim! PORRA! A melhor apresentação do 8 mãos de todos os tempos. Todo mundo que tava lá viu! Tudo que tivemos que provar foi provado. A banda dos desafinados e do batera manco foi digna de aplausos, digna da cara do KID VINIL sorrindo de orelha à orelha, digna das minhas lágrimas no momento em que dei o F# para entrar no refrão de GRAVE LACUNA, música digna de CENA MUSICAL INDEPENDENTE, de UNIFEST ROCK, de sucesso. OITO MÃOS, como eu sempre digo, a maior banda de Campinas.

Depois foi minha vez com os Blocos de Cimento. O que eu tinha de fazer já tinha sido feito. Não fomos tão brilhantes como na quinta feira, mas até que tocamos legal. Minha guitarra aparentemente sumiu. E não achei que cantei bem. Mas a música tem seu poder. "Anéis de Saturno" novamente se mostrou forte com sua letra camuflada e seus arranjos inapropriados.

Por último, os JB e Seus Amigos Sex Simbols. Antes de subir ao palco, eu disse: "Galera, é só fazer o que a gente mais sabe fazer - se divertir lá em cima" Foi o que fizemos e nunca saberemos o pq de não termos ganhado nada.

Jurados são seres humanos que julgam a partir da ótica deles. Num resumo quanto a esse assunto, até que achei que eles foram justos, pois a banda vencedora - UNIDADE IMAGINÁRIA - tinha tudo o que foi avaliado afiado (claro, não tão afiado..rs...mas a estrela brilhou para eles. Meus sinceros parabéns).

Ao anunciarem o Oito Mãos como 4 ° colocados, eu fiquei sem reação. Simplesmente vi a cara deles felizes da vida por terem ganhado 2 mil reais - O DISCO VAI SAIR GALERA! - . Fiquei feliz também. Fiquei tão feliz que na hora que me chamaram para receber o prêmio de 3º lugar nem saquei. Por 3 segundos não dei bola... queria os 10 mil... Porra... Aí vi o João Paulo e o Lucas subirem no palco, berrando, sorrindo, me abraçando.. "Seu filho da puta! Você conseguiu!" É... eu tinha conseguido... Num jato, desde o momento em que fui selecionado para o festival, tudo passou pela minha cabeça... Tinha acabado... E bem acabado..

PORRA!!! EU CONSEGUI!!!!


Agradeço: André Leonardo, Leandro Publio, Adhemar de La Torre, Felipe Bier. Raphael Castro (o FITA), Lucas Bocchese, Michele Diaz. João Paulo Rodrigues, Lucas Samuel, Ítalo Antonucci. Silvia Maria (minha coisa linda). Cida (mãe do André Leonardo). Mauro do Clube do Churrasco. Felipe Gaúcho. Toda a galera do CLUBE DO CHURRASCO. Aos garçons de Itatiba (CLUBE DO CHURRASCO, CASA TUA, ABSOLUTO, A PALHOÇA). Família A Palhoça. Família do Fabio Dias (o Boto cor de rosa mais conhecido como Seu Francisco). Mamão (aquele FDP que me colocou para tocar na noite na época do O BOTECO). Toda a galera do O BOTECO (Clau, Guina, Zélão, Zezinho e Chambers - mais conhecido como SANTOS). O pessoal da A CACHAÇARIA TRADICIONAL ( me deram o espaço para fazer um show especial só de músicas minha). Tulio Airoldi, Rafael Oliveira, Carlos Leonidas, Fabio Capone, Alexandre Duarte - o Zinho, Ricardo Frigéri, Rogério Frigéri, Camila Pequenininha. Humerto Roque, Ronie Lombas, Bruno Pieroni, Felipe Bandiera, Gustavo Coga - OS FERAS NÃO MORREM! Tiago Guimarães e Diego Fernandes (RAMIREZ E CAPI, pra sempre!). Anderson (o SON), Leopoldo Pardi, Fabio Sugimory, Marcelo Kushi, Tarsio Kaltembacher, Estevan Agostinho ( o Tevo), Gustavo Pit Bul, Billy Grant, Leleco, Biri, e toda a galera do colégio Batista. Elton Dias. Carlos Cassim, Felipe Caruso, Gugu (Beatles Drive). Leo Costa e os Altos e Baixos. Flávia Thalita, Clauber Bonas, Welinton Bonas, Magno Borges, Silas BB KING, Edson Fabiano, Luiz Ribeiro, Angélica (esposa do Luiz), e todos que me amam na CANAÃ. Júlio São Paio. Mauro Costa Júnior. Sérgio Dias Batista. Pai e Mãe - me aguentam todos os dias. Família Antonucci - tia Melba, tia Judi, tio Quico, Cidão, Karen e Camila, Renata e Rafael, vó Manuela e Júlio. Famíla Souza - tio Edson, tia Ângela, Quinho, Dudu e Júnior. Ao Sudário Pompeo. Silvio Montico e Izilda Montico - sem palavras. Tato Ferraz. Toninho Ruiz. Álvaro Gazé. Tia Mery, Juan e Odilia - amigos que inspiram. Tia Leila e Gabriel Lobo. Bruno e Paulo Vidal, Daniel Paiva, Familia Picanço Cruz, Juninho, Duco, Bruno Borges, e toda a galera do prédio Papas de Niterói (minha infância que teimo em não esquecer). Todo mundo que passou pela minha vida e que sabe disso. Muito obrigado.
Agora é trabalhar cada vez mais. VAMO QUE VAMO!

domingo, 6 de setembro de 2009

MIXANDO O DISCO. 06/09/09

Pra falar a verdade já são 00:25 do dia 07. Acordei às 10:30 do dia 06 com a filha do Boto me chutando querendo ligar a televisão na sala. Até que dormi bem... Tomamos um café da manhã e fomos direto pro cafofo da arte - mais precisamente o canto que o Boto tem aqui pra editar e gravar algumas canções.


Fizemos 3 canções até agora. Tá indo bem...

Boto mixando a faixa "Música".


To morto! Gravamos uns videos também. Mas como somos malucos por coisas malucas, vamos editar os videos também, o que pra mim é uma coisa bem maluca. Aproveito o noteboock com acesso à net pra escrever aqui. Não parei até agora. É como viajar de carro: você fica sentado por um tempo gigantesco. Quando vê, passaram-se 12 horas e você não faz nada além de estar sentado. Paramos apenas para mijar, cagar, jantar, e, de vez enquando, mijar de novo. Cada sentido meu suplica por um repouso. Mas vale muito a pena, pois o disco está ficando do caralho, e estou aprendendo muito para posteriormente mixar o disco do Oito Mãos. FALOW!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ê São Paulo!

Um dia aqui e a gente já se sente em outro mundo. Sim, São Paulo é um mundo paralelo daquele que geralmente vivo. Como eu odeio entrar em São Paulo, sentir o cheiro, a vibração, os carros, o trânsito...


Peguei o ônibus às 17:40 e cheguei na rodoviária às 21:00. Na entrada da cidade fiquei uma hora e meia esperando a fila dos deseperados, olhando para a cara das pessoas dentro dos carros, aquele olhar de "acostumados". Como é que pode aceitar essa situação. Os carros simplesmente não andam. A fila do lado de lá sempre anda mais depressa que a sua. Meu Deus! Que merda de lugar. Entrar em São Paulo é quase como entrar no inferno.


Peguei meu Mp3 Fuck e sintonizei uma rádio qualquer. Preisamente a 103.30. Estava passando música clássica. Poxa, foi perfeito. Fechei os olhos e viajei na canção, esqueceno completamente o caos lá fora. O programa era dedicado a compositores brasileiros. Tudo a ver comigo, pois vim para São Paulo mixar o meu disco - Esperanto - e me deparei com essa radio. Um maestro, falando com a locutora por telefone, sugeriu que tocasse uma regência dele interpretando o compositor Vila Lobos. Lembrei do meu amigo Pancho, que tinha o sonho de cursar o conservatório de música do Rio que leva o nome do compositor. Que loucura! Senti um inverso dos grandes. Lá fora a loucura da cidade mais louca do Brasil, e dentro do ônibus a loucura da arte. O intérprete - o maestro Roberto Tibiriça - disse que Vila Lobos escrevia freneticamente suas partituras e jogava-as no chão, onde os músicos imediatamente iam aprendendo os versos do monstro artistico em erupição.


Na rodoviária, fila para o metrô. Depois, 15 minutinhos de metro. Aí abre-se um portal para algo surreal - SÃO PAULO. Fiz um mini tour com o Fábio. Ele me levou na Paulista - mundialmente famosa e toda vez que vou lá fico deslumbrado. O metro quadrado mais caro da américa latina. FODA! Depois fomos em vários lugares. Lembrei muito da Gi. Fechamos a noite tomando Serra Malte no bar da Empanadas na Vila Madalena. Porra... que empanada fantástica. Carne, queijo, carne seca, frango. FODA!!!!


Bem... tenho sono. São 2 da manhã. Tenho muito trabalho a fazer nesse fim de semana. Até!