Sobre a vida, que consiste em música, filmes, viagens e neuras - tudo misturado.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
SOL - 2011
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!!!
sábado, 29 de outubro de 2011
Felippe Pompeo lança o SOL.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Contando os anos. (mais uma vez, o passado!!!!) ou E agora o que nos resta é saltar.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
SOBRE NOSSA ÚLTIMA VIAGEM AO ESPAÇO - FIZ NO COMETA.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Os Melhores filmes de Terror
A casa das almas perdidas - O filme conta a triste história da família Smurl na luta contra as forças das trevas - espíritos que não têm o que fazer, ao meu ponto de vista. Uma história real, se você quer saber. Pediram ajuda para a imprensa e apareceu gente de todo o tipo, de curiosos a especialistas no assunto. Uma coisa não fica bem explicada: porque, meu Deus, porque eles são atormentados? Foram premiados, só pode. Se mudaram para uma casa linda e não foram bem vindos por aqueles que já moraram naquela residência. A coisa é intrigante: sofrem "pegadinhas" dos que chamam de espírito zombeteiro. Quem nunca pegou uma coisa na mão, largou por uns segundos ao seu lado e quando volta para pegar essa coisa a parada sumiu? Depois de tanto procurar, a coisa tá lá, no lugar de sempre, ou então num lugar inusitado, como um armário bem longe de onde você tava. Manchas estranhas na parede começam a transparecer que algo está errado. Vozes chamando seu nome, como se fosse sua mãe ou seu pai, mas que não é nada. Um empurrão do vazio em suas costas. Um vulto que passa diante de seus olhos de um ponto a outro. Passadas de mãos invisíveis em suas pernas durante a noite. Um ataque sexual de uma entidade do mal. Você não acredita nessas coisas? Pode ser que não. Mas converse com gente que jura já ter presenciado o mau, as histórias são de arrepiar. O filme é só mais uma delas, contado de modo sério. Um tipo de filem que te dá medo depois que seus amigos vão embora e você fica sozinho em casa. Foda pra caralho.
O Exorcismo de Emily Rose - Ok, ok... Tem gente que não sentiu um pingo de tesão por esse filme, muito menos medo. De fato, medo mesmo são poucos que causam. Um bom filme de terror não é aquele que assusta, mas que impressiona. Como tenho uma criação nas raízes do cristianismo, sendo que minha mãe, antes de se converter, era adepta do umbandismo, já ouvi tudo quanto é história bizarra. A maioria dessas histórias estão em Emily Rose, moça que é escolhida por Legião para ser mais uma de suas vítimas. Aquela coisa do pastor abrir a bíblia e o demônio dizer de cor o versículo é batido... Contorções e forças sobrenaturais, batido... Tormento mental... Tadinha de Emily, tadinha... Imagina uma situação dessas? Uma pessoa devota, educada, feliz. Não merecia tanto. No fim, uma boa mensagem - por mais que pareça absurdo... Mas, peraí... Você não acredita nessas coisas, né? Então é tudo, desde o começo, um grande absurdo.
Stigmata - Não chaga a ser um filme de terror, mas sim um suspense recheado de mistérios da igreja católica. Põe em xeque o livro escrito pelos próprios punhos do Messias, onde é abordado a necessidade ou não de prédios e pedras para se adorar o salvador. Massa! Mas aí essa mensagem é passada através da protagonista, uma moça que não sabe de porra nenhuma. Um padre tenta compreender o que há de errado com a moça e descobre uma verdade terrível, lembrando muito as histórias de Dan Brown. A medida que o filme se desenrola, uma mistura de atos bizarros se desencadeia, desde as dolorosas e arrepiantes estigmas até as mensagens em aramaico escrito na parede pela moça, enquanto ela está completamente fora de si, andando cambaleando, irreconhecível, com seu rosto branco e levemente contorcido, olhos sem vida e um dialeto arrepiante ao responder quem era ela: "Um mensageiro não importante". Inesquecível.
Atividade Paranormal - Esse filme é demais! Chamei-o de Montanha Russa, porque só quando ele acaba é que você desce do carrinho, depois de se cagar todo, e anda sorrindo, feliz pela experiência. Um filme idiota quando termina (o fim do cinema), mas que faz jus ao que veio: dar medo. Vou te dizer, o filme é de dar medo. Você se lembra da moça sendo arrastada e do seu berro desesperador e pensa se isso poderia acontecer com você. Acho interessante quando há pessoas que duvidam dessas coisas e tentam tirar explicações plausíveis, que é o caso do namorado da moça. O tinhoso está nela e ele não crê muito nessas coisas. Aos poucos ele vai ficando muito desconfiado. No meu caso, depois da menor aparição do inexplicável, nunca mais eu dormiria com a mina.
O Exorcista - Os Beatles dos filmes de terror. O clássico mais assustador de todos os tempos. Nunca mais fizeram um desses. A história mais que mentirosa da batalha travada entre padre Merin e o demônio Pazuzo no corpo de Regan. Deus não aparece, dando a impressão de que nesse mundo a luta entre bem e mau é problema nosso. A perseverança na força das palavras do ritual romano dos católicos é grandiosa, mas a insistência do demônio também. De todos os lados há a presença do sobrenatural e Regan é inexplicável, inadjetiva (se é que existe essa palavra). Um esforço enorme em chamar a atenção? Poderia ser, mas se pensarmos que a mente é tão forte a ponto de fazer uma cama tremer é algo de ficar com a pulga atrás da orelha. Esse filme me assustou por muitos anos. Hoje sei de cor as cenas que procedem, de tanto que enfrentei esse medo usando o pensamento de "é apenas um filme". Se você for parar pra pensar, de fato é apenas um filme, mas um filme muito complicado de se assistir. O melhor.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
ESPERANTO - Felippe Pompeo
Felippe Pompeo é polêmico até quando não quer. Tem o costume de dissertar sobre coisas que fogem de seu conhecimento, mas que ele, no fundo, acredita ter alguma coerência. "Esperanto", seu disco de estréia, gravado independente, foi lançado no site do Rock n' Beats (http://www.rocknbeats.com/), há cerca de 20 dias e já gerou intrigas entre os apreciadores e especialistas em línguas. Um disco recheado de mensagens simples, arranjos um tanto reconhecidos pelos fãs de Beatles, com pitadas de rock and roll, soul e até música instrumental, que é o caso de Prelúdio, faixa que abre o álbum. "Nunca imaginei que o nome do disco ia dar tanto assunto". Felippe nos recebeu na casa de seus pais após prender o Pit Bull fêmea que atende pelo nome de Madalena. "Pra você ter uma idéia, eu entendo o meu cachorro sem falar a língua dele, se é que existe uma língua para a comunicação desses animais. Se existe, ninguém sabe falar". A casa de Felippe é um amontoado de amplificadores, bateria, guitarras, violões, P.A's (caixas de som usado em eventos) um piano de armário e inúmeros artigos de colecionadores referente aos Beatles, desde quadros e placas até o box remasterizado lançado recentemente com todos os discos da banda mais famosa do mundo, coisa que Felippe deixa exposto na sala de estar todo orgulhoso. Vestindo uma camiseta velha do "Let it Be" e uma bermuda manchada de água sanitária, Felippe respondeu algumas perguntas enquanto bebericava um copo de Jack Daniels e Coca-Cola com bastante gelo.
Pompeo : Eu poderia dizer "eles que se fodam". Mas seria um tanto contraditório à minha proposta. Espero que eles pensem nisso. Porque Deus tem que estar na igreja, sobre o poder da burocracia dos encarregados pela mensagem? Porque o pastor é o conhecedor da verdade absoluta sobre o criador? Quem disse que os mensageiros têm o poder de saber o que Deus quer pra mim, ou o que Deus gosta ou não que eu faça? É prepotência, manja? A bíblia é apenas uma reportagem de tempos antigos. O Apocalipse é uma profecia que eu creio que um dia se cumprirá, mesmo que não seja nas proporções ditadas por João. Imagine só aquele puta monte de anjos rodeando o messias, ou aqueles trovões e cavalos alados... Um basta no mau seria uma coisa de filme americano. Eu acho isso tão grande quanto o universo. É uma história incrível. Não sei das outras histórias, mas tenho certeza que todas elas são tão lindas e grandiosas. Eu só conheço essa e acho que é o suficiente para me fazer cagar nas calças. "Gigante do Universo" é isso. Essa coisa enorme que faz do ser humano um simples grão, uma simples parte de um todo infinito. Olhar para o céu e tentar procurar o criador é difícil. Eu vejo a criação no meu cachorro, no mar, no ar, nas pessoas, nos olhares, nos sorrisos... Vejo no inimigo e no amigo, vejo na insanidade, na loucura. É o tipo de coisa que não se explica, por mais que a ciência tente. Essas coisas nós estamos supondo até hoje, desde o início dos tempos. Deus é um grande mistério.
Os Blocos: "Anéis de Saturno" fala sobre a maconha?
Pompeo: Sim.
Os Blocos: Você faz apologia a maconha, então?
Pompeo: Não. Anéis de Saturno é uma expressão que quer dizer o alcance ápice da sua experiência relaxante que a planta te proporciona. É uma mera necessidade de viver numa condição além da vida de rotina. As pessoas dizem tanta coisa, principalmente seus pais, numa tentativa quase sempre hipócrita de te dizer o que é certo ou errado. Na minha opinião errado é fazer o mau para os outros. O que você faz consigo não é errado, é uma experiência. As consequências disso podem ser absurdas, mas você teve essa escolha. Anéis de Saturno narra a bagunça que tua mente - na verdade, a minha - é. Com ou sem substâncias. Nossa mente é um aglomerado de informações que na grande maioria das vezes há coerência e sentido, mas que também, na exata proporção, é uma bagunça só. É sempre bom ir pra bem longe desse lugar. Quanto à apologia, isso é coisa pro Planet Hemp.
Os Blocos: "Found Joy"
Pompeo: Essa é do João Paulo. Uma música linda, em inglês. Esse meu inglês merda, mas que fiz um esforço foda para soar bacana. Uma música simples, mas na simplicidade moram as grandes coisas. Achar a alegria é uma razão de paz interior muito confortante e revigorante. Engraçado... Você não precisa saber falar inglês para sacar que a músic se trata de algo pra cima, feliz.
Os Blocos: "Reticências". Porque esse nome?
Pompeo: Porque a música não tem nome. Quando eu escrevi a letra, deixei na parte superior do papel como título três grandes pontos. (...) Ficou, porque me faz pensar nessa coisa de infinito. Um pensamento infinito, uma sugestão sem fim. Essa música fala de Deus também e do dom que Ele me deu. Sou um entusiasta de um download do céu. Saber tocar, cantar e escrever só pode ser coisa espiritual. Sou burro pra muita coisa, inclusive para ortografia. Cometo erros constrangedores, mas eu consigo passar ao leitor uma mensagem que faz sentido. Eu tinha a idéia de colocar um coral de crianças cantando o refrão do fim. Eu e o André (Leonardo, co-produtor do disco) cantamos bem fino pra ver se soava bem. Depois triplicamos as vozes, e isso deu um puta trabalho por Boto (Fabio, mixador do disco). No fim das contas que percebi que chamar a molecada do projeto Itatiaia da Igreja Presbiteriana Independente de Canaã ia dar muita dor de cabeça e eu ia acabar sendo grosso com uma das crianças, então ficaram as vozes que você ouve.
Pompeo - Obrigado. Essa é a única das muitas que fiz pra minha Silvia que foi parar no disco. Eu também creio no relacionamento como uma regra dos céus, por isso ela está no álbum. É uma letra melosa, mas que no fim diz ao que veio. Tive essa revelação de que os homens nascem para serem filhos e as mulheres para serem mães. Quando o cara sai de casa e vai morar com sua parceira, ela toma conta dele e ela faz isso naturalmente, com muita satisfação. A coisa vira um ciclo eterno.
Os Blocos - "O Fim" deveria ser a última!
Pompeo - Assim como "Sgt Peppers Reprise" deveria ser a última do disco dos Beatles, mas terminou com "A Day In The Life", dando o fim fabuloso que há naquela coisa que já não sei mais o que é. Essa música é antiga e entrou pro Esperanto para preencher uma lacuna. Tudo tem um fim. Esses dias vi num programa de televisão que o Big Bang caminha para o fim. E no fim o que nos resta é o amor, né...
Os Blocos - "Música" é apenas mais uma música?
Pompeo - É sim. Sem refrão. Ela vai mudando de clima e nunca volta no ponto de partida. Tem um solo bem bonito, a lá George Harrison, meu guitarrista preferido. Tem uma levada de batera não comum em minhas músicas. Várias influências de misturam ali, resultando em mais uma música. E, realmente, eu não descansarei enquanto eu não for morar à beira do mar. E no dia de minha morte, eu quero estar com minha Silva nos confins da eternidade. É nisso que eu creio, sempre me baseando onde o sonho pode me levar. Sou um cara de grandes sonhos, mas que descobri que o trabalho é a realidade. Quando um sonho se torna realidade, é uma coisa absurda. Tive essa experiência no show do Paul (McCartney). Era um sonho, sabe. Se realizou.