terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Aos homens que mataram Cristo.


Se você morresse sabendo que iria ser julgado, o que pensaria? Tenho a leve impressão de que certas pessoas creem na graça porque do contrário estariam em verdadeiros apuros. Imagina só, você aí, todo errado, todo pecador, ser, um dia desses, julgado? O pior julgamento é o que fazemos a nós mesmos.

Na época de hoje, coisa entre 22 e 25 de dezembro, fala-se um pacote do maior personagem contemporâneo de todos os tempos - Jesus Cristo. Dizem ser o próprio Deus encarnado, dizem ser apenas um homem de muita moral, dizem ser o verbo da criação. O que dizem por aí se não nada e ao mesmo tempo tudo?

Mas por trás de tudo que se diz sobre o Cristo Terrestre, a coisa que mais me atrai é justamente a sua morte e o seu bom senso. Amor e morte. Amou seu inimigo e morreu por seu ideal, seja lá qual fosse ele. Alguns até pensam que esse cara não passava de um maluco. Talvez sim, afinal, somos todos loucos não é mesmo? Ainda mais os homens brilhantes. Se hoje a gente ri de um cara que se diz ser santo, que cura, que diz que tem um pai no céu e etc, imagina há 2 mil e tantos anos atrás? Os caras matavam!

Ouvi uma certa história de que o espírito de Adolf Hitler está trancado em um diamante. Parece até coisa de Super Homem, lembram-se dos três vilões de preto que eram trancados em outra dimensão? Então... Depois lembrei da Jean Grei, do X-Men, que era uma mutante tão forte que deveria ser controlada. O diamante que controla o espírito de Hitler - seria ele um animal? Um monstro? A personificação de Lúcifer na Terra? Seria ele merecedor do julgamento que toda a humanidade lhe dá? Seria ele uma personalidade tão forte que qualquer lembrança sua nos dá aquele desprezo pelo homem e a sua capacidade de ser mal?

O mal é necessário. Não duvide disso. A doença é verdadeira. A vida é cruel. A Terra é um lugar onde nós, seres humanos encarnados, viemos aprender algo; e aprender requer repetições, até que conseguimos fazer a coisa certa sem pensar muito, quase que automaticamente - você foi alfabetizado desse jeito, veja como funciona.

Como, então, iremos julgar Judas Escariotes e os soldados romanos que mataram Jesus Cristo? Como faremos juras contra os sacerdotes que se viram confusos diante de um judeu que curava, impressionava e que dizia ser o filho de Deus e rei dos judeus? Alguém tinha que apertar o gatilho, se não a história de Cristo não seria lembrada até os dias de hoje. Alguém tinha que colocá-lo na cruz, para essa virar o símbolo de muita gente. Hitler é o gatilho da humanidade nos dias de hoje e tem gente que ainda não aprendeu. Exige muita repetição! Mas é tranquilo, o Sol ainda tem muito o queimar, a humanidade tem muito tempo para aprender.

Jesus Cristo foi o primeiro a perdoar e não julgar. Aceitou o seu julgamento para, sei lá, perpetuar... Vai saber. Disse ele (e aqui me pergunto quem foi que ouviu ele dizendo isso para seu Pai lá nos céus, pois estava sozinho no jardim né?) que era um fardo muito pesado. Sentiu medo. Sentiu a dúvida, será mesmo que os seres humanos mereciam o seu sangue? Espero que um dia tenhamos essas respostas.

Se, de fato, o criador, o verbo, que esteve presente na criação, o mesmo que disse "meu reino não é nesse mundo", estiver nos esperando em algum outro lugar, onde nesse lugar a LEI será aplicada de um modo moral e tão justo que ninguém verá necessidade em quebrá-la, gosto de acreditar que há um fim muito bonito para nós, nos esperando calmamente, enquanto a humanidade caminha em passos de formiga - como canta Lulu Santos.

De qualquer modo, tenha um bom Natal.


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