segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Minhas piores contribuições (pegando carona no post passado)

Pegando uma carona no post de artistas geniais e seus piores discos, me lembrei de que tenho coisas que considero pior do que ando produzindo nos últimos três anos. Não que eu me considere genial (mas, afinal, se eu não me considerar, quem vai?). A seguir, duas canções de coisas que eu fazia numa época em que facebook não existia nem na imaginação dos criadores de filmes de Hollywood.

Variações do Amor nasceu numa madrugada careta, bem careta. Na casa dos meus pais, usei o meu pc e seu microfone e gravei uma demo. Me tranquei na sala enquanto meus pais dormiam tranquilamente e gravei. Tempos bons aqueles. O Lucidas havia acabado de vez e eu estava começando a trabalhar com Oito Mãos. Quando eles gravaram "História de Outra Vez" e "Guarde a Última Dança" no estúdio Basement, por Caio Ribeiro e Tarcisio Oliveira, eu aproveitei a carona e gravei essa canção, juntamente de "O Nosso Amor". 




O Nosso Amor

A veia pop, que ainda se mantém viva em mim, nessa época era ainda mais presente. As experimentações ficavam por conta das vozes - se bem que, pensando aqui, as coisas aí já começaram a ficar ousadas. Eu havia descoberto Brian Wilson e os Beach Boys e tudo o que eu queria fazer na vida era ser o Brian. Caio Ribeiro até hoje me chama de "Brain Wilson de Campinas". E houve um conflito na minha mente entre Beatles e Beach Boys, algo bem resolvido nos tempos de hoje. O gozado é que eu penso nessa época e o tempo é muito estranho. Parece que foi ontem, esse dias... 

O Nosso Amor eu não me lembro muito bem quando foi que fiz nem em quais circunstâncias. O que posso dizer é que faz parte da leva de incríveis canções que fiz para a minha mulher Silvia Maria, todas devidamente engavetadas, esperando o dia certo para serem gravadas devidamente e publicadas de qualquer jeito (do jeito que sempre fiz). 



Variações do Amor

Eu considero essas duas faixas como um EP, pois são de uma data que nada mais fiz e mudei algumas coisas no meu modo de compor de lá pra cá. O que me incomoda nessas duas faixas é justamente a falta de maturidade. Tem muita coisa! Eu não canto bem - meus vibratos são exagerados, em finais de todas as frases lá vem ele, e mal feito! Eu coloquei muita camada de vozes, louco por soar como os Beach Boys. Na bateria está o meu irmão, o Ítalo Antonucci, e também penso que eu não soube conduzi-lo - há muitas viradas, há muitos hi-hats, é pop demais. E é muito melada! Nossa, açucarada demais! O amor é lindo, mas deve ser entoado com um certo cinismo, não tão atolado na palavra amor. Nas duas canções, aparece essa palavra. Também não sei da onde veio a ideia ridícula de colocar All Arround the World e Hey Jude no meio disso tudo. Muito menos sei da onde veio a pífia ideia de colocar uma pausa de 3 minutos no meio de uma canção. 

Mas, de qualquer modo, foi bom ter feito essas canções. Tem gente que até hoje fala delas. É como dizem por aí, ou por aqui, eu sei lá mais como é que andam as coisas: Pra meter o pau, tem que ter algo para meterem também. 




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