terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PUTA QUE PARIU! FINALMENTE, SAIU!

Extra, extra! O envelope de sedex contendo o material gráfico e a matriz do áudio do disco "Vejo Cores nas Coisas" - da fantástica fábrica de música Oito Mãos - acaba de ser mandado à Zona Franca de Manaus, onde, dizem por aí, o imposto é mais barato ou coisa parecida.
Demorou, mais saiu. O disco contém 13 faixas, sendo que uma delas, aquela que NINGUÉM comentou ainda, é, na verdade, um sarro. Um sarro? Sim. Um grande sarro - ou graça, nessa vida cheia de graça, regada à loucuras e coisas ácidas e doces - entenda como quiser. NINGUÉM, ao meu ver, é um esclarecimento aos mais afortunados, aos que têm o ouvido mais apurado, aos que conseguem perceber com exatidão as sobras de agudo - e fica por isso mesmo - ou fadigas auditivas. Oras bolas, o Oito Mãos sempre foi assim.

São o tipo de banda que cansa, mas porque metem o mais sincero foda-se ao que se diz ser "tecnicamente certo" ou "vendávelmente radiável", se é que existe essa expressão, e é nessa fadiga que, creio eu, os caras vão peneiras seus verdadeiros fãns.

Batem no peito e assumem: Não somos Ninguém.

Mas uma coisa eu posso te falar sobre essa banda, do ponto de vista de produtor musical: eles simplesmente sabem o que querem. Essa foi a maior lição tirada desse primeiro disco - primeiro de uns 12, sejamos francos! Acho que esse é o caminho, saber o que quer. É na sinceridade que encontramos a felicidade.

Simples? Não muito. Percebemos que não é nada simples ao tentar tocar o disco ao vivo. Vem mais trabalho pra cima, mas é pra isso que estamos aqui.

Que venham as críticas - as boas e as construtivas. Que venham as opiniões sem sal, sem açúcar. Que venham os amigos brindarem! Que venham os invejosos tentarem tirar o lustroso sucesso de "Vejo Cores Nas Coisas", pois ele, o sucesso, nós já alcançamos, dentro de nós mesmos!

http://www.oitomaos.com/ - o disco está aqui.

PS - entrem nos comentários. Postei um texto de uma amiga escreveu ao ouvir o disco pela enésima vez.




CHUPA!

5 comentários:

  1. "As situações acontecem e as circunstâncias nos fazem rir perante as inquietações das pessoas.
    No ay manera.... de ligar a TV...
    ...de esquentar o ferro.
    No ay manera de tirar dos ouvidos o doce som, nada agudo, das vozes que parecem tão novas de carcaça, mas muita idade de raciocínio nada fajuto e mesquinho. Eles sabem passar a dureza, nada aguda, das melodias sentidas, vividas e deliciosamente escritas no pedaço de papel, debaixo da árvore, dentro de cada um que a boa música leva aos cantos... aos meus ouvidos.
    A bateria enaltece as palavras.
    O barco navega pelas minhas imaginações e fico aqui pensando onde estaria toda esta água que derrama uma calmaria atenciosa, cheia das questões pelo caminho. Em cada segundo de som e para cada volume aumentado – o que é inevitável, as fortes pancadas do instrumento que bate firme levantam até as poeiras acumuladas do dia, semana, mês. Assim como foi a produção, a criação e deve ter sido as inspirações. Cabulosas? Quem sabe... Ouço e abro os buraquinhos do cérebro que levam o som às veias finas, grossas e, logo após percorrerem um longo caminho de sangue, chegam ao coração" - Marília Gabriela Viana, a Muza.

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  2. A verdade é que, num mundo em que "clipadas digitais" ditam as regras, nós somos Ninguém mesmo. Somos a maluquice meio soturna, a doçura da voz e a risada debochada.

    E que texto lindo esse da Muza, hein? Me arrepiei!

    Abraços!

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  3. E Pompeo, parabéns, cara! você fez um puta trabalho, o disco não existiria sem o seu trampo!

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  4. texto inspirado!
    nao disse nada e disse tudo!!

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  5. A Muza é foda...
    e vc também...!

    Um brinde aos "ninguéns'!

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