domingo, 21 de março de 2010

Pensamento Singular

Rachei uma vitrola com a Silvia. A gente foi na feira hippie e tinha um chileno (aquele bigode grisalho não me engana) vendendo antiguidades. O cara tinha algumas coisas realmente interessantes. De pentes antigos (imagina o tanto de célula morta e outras coisas do mundo microscópio que deve ter num pente desses) a artigos do exército. Vi um capacete e peguei na mão. Puro ferro, mas de uma tecnologia meio idiota. É claro que um projétil atravessava aquilo com a maior facilidade. Nem fodendo que eu me arriscaria numa linha de frente com aquele capacete besta. Olhei mais na banquinha do cara e vimos uma Pentax. Tudo funcionando. O flash, o clique. Mas o grande problema é achar filme para essa máquina. A Kodak parou de fabricá-los. Mesmo que ache deve custar os olhos da cara para umas 25 poses. Fotografia era coisa complicada. Ainda é. Parece que as coisas antigamente eram complicadas. Ou somos nós que descomplicamos? Realmente, eu não sei. O fato é que, assim como uma Pentax fazia imagens singulares - aqui, caro leitor, acho estranho usar uma palavra que designa um só no plural - vimos uma vitrola MOTORADIO, com um volume lindo, funcionando. Comprei alguns discos essa semana e nosso tesão agora é ouvir coisas que nunca ouvimos no vinil. Claro, também coisas que conhecemos, pra ter aquela impressão - era assim que ouviam antigamente. No time dos conhecidos, comprei Triller e Bad, do Michael; Cloud 9, do George; Dark Side Of The Moon e Atom Heart Mother, do Pink; Brothers in Arms, do Dire Straits... e outras coisas. Do time dos não conhecidos compramos Chico, Caetano, Elis, Miltom, e outros. Tudo muito, muito singular.

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